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Gestão de resíduos: o que é e como fazer de forma eficiente?

A gestão de resíduos é um conjunto de processos que ajudam a diminuir os danos ambientais, sociais e financeiros que surgem nas atividades humanas.

Trata-se de uma prática muito importante e vantajosa para empresas, meio ambiente e para a sociedade no geral, pois prevê o uso inteligente de recursos naturais e, de certa forma, financeiros.

O não cumprimento dos processos relacionados a ela estão sujeitos a penalidades legais, mas para que tudo ocorra conforme a lei, é imprescindível que os envolvidos tenham o controle minucioso de informações.

Nos acompanhe nessa leitura para entender o assunto e saber como a nossa tecnologia pode te auxiliar a tornar a sua gestão de resíduos mais eficiente por aí.

O que é a gestão de resíduos?

Conforme decreta na Lei Nº 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), os resíduos sólidos são “material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade”.

Nesse sentido, a gestão de resíduos é uma série de ações que têm como objetivo reduzir o impacto dessas atividades no meio ambiente e assegurar a saúde pública através de medidas que garantam o manejo e descarte adequado dos resíduos gerados.

Como veremos na sequência, trata-se de uma atividade complexa que envolve diversas etapas e agentes (geradores, transportadores e armazenadores).

Agentes relacionados à gestão de resíduos

Conforme citado, a gestão de resíduos possui alguns agentes corresponsáveis pela sua execução. De maneira geral, eles dividem-se em três grupos:

  • Geradores: que produzem o resíduo, podendo ser empresas, pessoas ou poder público
  • Transportadores: responsáveis pelo transporte do resíduo, do gerador ao destino final
  • Destinadores: locais que armazenam (temporária ou definitivamente) os resíduos

Como esta é uma atividade regulamentada por lei, cada um dos envolvidos deve atender a critérios específicos e emitir/apresentar documentos exigidos legalmente, como é o caso do Manifesto de Transporte de Resíduos (MTR)  e do Certificado de Destinação Final (CDF).

Etapas da gestão de resíduos

Além dos diversos responsáveis, a gestão de resíduos também possui diferentes etapas, que vão da segregação à disposição final. Na lista abaixo você confere cada uma delas:

  • Segregação
  • Acondicionamento
  • Coleta
  • Transporte
  • Armazenamento temporário
  • Tratamento
  • Destinação e disposição final

Segregação

É a fase inicial, onde separam-se os resíduos com base em seus potenciais e classificações estabelecidas pelas regulamentações vigentes. Apenas o gerador é responsável por essa fase.

Acondicionamento

Embora o gerador também seja o responsável por essa fase, ela pode ser compartilhada com eventuais empresas contratadas para a organização dos resíduos. Para isso, é necessário que haja um alinhamento adequado entre as partes envolvidas, respeitando as legislações locais.

Coleta

Nessa etapa e na seguinte (transporte), a colaboração entre os geradores e as empresas prestadoras de serviço já está mais consolidada. No âmbito social, é de um serviço público realizado pelas prefeituras municipais, podendo ser feita também por empresas especializadas.

Transporte

Etapa na qual encontramos diversas obrigações legais e onde a tecnologia aplicada varia conforme o tipo de resíduo. Abaixo listamos :

  • domiciliares: utilizam-se caminhões compactadores para otimizar a capacidade de carga e evitar o derramamento do líquido percolado.
  • recicláveis: feito com caminhão fechado para evitar a perda do material e para proteger os resíduos da ação do sol e da chuva.
  • verdes: o tipo de veículo utilizado depende da quantidade de material gerado (na poda de árvores em vias ou praças, por exemplo, utilizam-se caminhões grandes com carroceria em madeira).
  • limpeza pública: em geral, utilizam-se compactadores para facilitar o transporte de folhas secas e resíduos oriundos da varrição das ruas.
  • construção civil: devem ser recolhidos com a ajuda de equipamentos com poli guindastes e caçambas abertas.
  • serviços de saúde: transportados com veículos de carroceria fechada, geralmente de porte pequeno.
  • perigosos: devem ser transportados em veículos com carroceria fechada

Armazenamento temporário

Dependendo da distância entre o estabelecimento gerador e a destinação final do resíduo, há a necessidade de um armazenamento temporário. Essa etapa tem como objetivos a consolidação das cargas, a redução do transporte e a diminuição dos custos.

Tratamento

Consiste no conjunto de métodos e operações necessárias para lidar com resíduos, a fim de reduzir seu impacto no meio ambiente e/ou sua periculosidade.

Para cada origem e riscos dos resíduos, existem tecnologias de tratamento estabelecidas pelas agências ambientais para garantir a proteção do meio ambiente.

Além disso, o tratamento considera processos físicos (sedimentação, decantação, filtração, centrifugação, floculação, destilação, evaporação, cristalização, de alta temperatura), químicos (“air-stripping”, extração por solventes, hiperfiltração, ultrafiltração, osmose reversa, diálise, íons) ou biológicos (biogasificação, tratamento mecânimo biológico).

Destinação final

Finalmente, temos a etapa na qual faz-se a destinação final dos resíduos. Nela, assim como ocorre na segregação, também consideram-se os riscos potenciais dos resíduos e o cumprimento de todas as exigências regulatórias.  

Além disso, conforme ocorre no tratamento, aqui também aplicam-se diversas tecnologias que variam de acordo com o tipo de resíduo (que pode ser decompostos ou reintegrados à cadeia produtiva por meio de reciclagem, reutilização ou recuperação).  

Três tipos comuns de destinação são a compostagem, a incineração e os aterros sanitários.

Na compostagem, temos a decomposição da matéria orgânica através de processos biológicos de seres vivos, que dão origem ao substrato (usado como adubo orgânico).

A incineração elimina os resíduos através da queima em unidades especiais, permitindo assim a redução do seu volume com emissões gasosas controladas e possibilitando o aproveitamento de energia.

Já os aterros sanitários são espaços a céu aberto destinados à deposição de resíduos. Os de última geração permitem um confinamento seguro e econômico de resíduos que apresentem um grande volume de produção.

Os resíduos sólidos e sua classificação

Outro ponto que vale destacar é que existem critérios para categorizar cada tipo de resíduo sólido.

No Brasil, faz-se a classificação legalmente com base em dois dois aspectos centrais: a origem e a periculosidade, considerando a identificação do processo ou atividade que deu origem ao resíduo, bem como a de seus constituintes e características.

Além disso, compara-se criteriosamente esses constituintes com listagens de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente já é conhecido. 

No nosso artigo sobre resíduos sólidos falamos um pouco mais sobre sua classificação.

A política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)

Outra questão legal relacionada ao tema é a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída no Brasil em 2 de agosto de 2010, pela lei nº 12.305 e que estabelece as diretrizes para gestão de resíduos sólidos no país.

Considerada como um marco na legislação ambiental brasileira, a PNRS abrange uma série de aspectos relacionados aos resíduos sólidos (nas esferas individual, social e política), que vão desde a sua produção até o seu descarte final.

Objetivos e importância da gestão de resíduos

Como pilar, o gerenciamento de resíduos sólidos visa: 1) minimizar o volume de geração; 2) tratar adequadamente os resíduos gerados e; 3) conscientizar os responsáveis sobre as boas práticas ambientais.

Vale reforçar que a gestão de resíduos mais eficaz baseia-se na análise do ciclo de vida dos produtos.

Contudo, para que isso ocorra, os geradores devem se atentar à seleção de matérias-primas, aos processo de fabricação, ao consumo e à reutilização, recuperação, reciclagem e disposição final dos produtos.

Do ponto de vista empresarial, a importância da gestão adequada de resíduos se deve aos inúmeros benefícios que ela traz. Tais como a economia de recursos, a otimização de processos produtivos e o reforço da imagem positiva perante os consumidores que estão cada vez mais atentos à pauta de sustentabilidade.

Já do ponto de vista ambiental e social, vê-se a prática como algo de fundamental importância para cuidar da produtividade do Planeta, mitigando os impactos negativos dos detritos no meio ambiente.

Como tem uma gestão de resíduos mais eficiente?

Como você já deve ter percebido, a gestão de resíduos está relacionada a um volume grande de documentos, leis, normas, agentes, etapas e critérios.

Assim, conforme mencionamos lá no início deste artigo, para que ela seja eficiente é necessário ter um controle minucioso de informações.

E foi pensando nisso que desenvolvemos uma planilha gratuita para cadastrar e acompanha os dados essenciais deste processo (como identificação de geradores, transportadores, destinadores e MTR’s e custos envolvidos).

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